Moção de Repúdio à desorganização do espaço noturno Paiçanduense

A moção de repúdio foi escrita por Rosinéia Balbino em 2009. Observe bem que lá pra cá, a Avenida Curitiba com fiscalizações deu uma acalmada. Mas não muito logo, o problema voltou a tona novamente. Na última madrugada a Avenida foi palco para a violência. Dois rapazes levaram tiros, um em estado grave, fora isso, a desordem, o som alto. Talvez falte uma fiscalização acirrada e apertada todos os fins de semana, e não somente por um tempo. Até hoje a prefeitura ficou a desejar, ainda foi, sugestionado uma mega operação AIFU  que até o momento não se desencadeou nos arredores. 
Veja na carta a seguir que o problema já vem caminhando a mais de três anos.



Moção de Repúdio à desorganização do espaço noturno Paiçanduense!


Paiçandu cresceu como um povoado de gente honesta e trabalhadora, de famílias de agricultores e de pioneiros que aqui se estabeleceram dispostos a construir a cidade que seria aquela de seus sonhos, onde os laços de amizade e de simplicidade de seus habitantes são os traços que permitem que o progresso conviva com a tranqüilidade característica desta cidade que é a um só tempo urbana e rural.



No entanto, o passar dos anos apresenta alguns desafios a serem enfrentados pela sua população. A localização de Paiçandu no que se convencionou chamar de Região Metropolitana de Maringá e a conurbação entre Sarandi, Maringá e Paiçandu insere o município no contexto dos problemas metropolitanos.



E um dos principais desafios a serem enfrentados por uma região metropolitana é a organização do espaço e de sua utilização. Cabe ao poder público disciplinar as formas de utilização desta geografia espacial, buscando a satisfação das demandas públicas por saúde, educação, segurança, esporte, cultura, lazer e habitação.



Quando nos deparamos com a deturpação da ocupação noturna de áreas residenciais de Paiçandu por milhares de jovens, advindos em sua maioria da RMM – Região Metropolitana de Maringá, é de se imaginar o caos gerado, considerando o descasamento de propósitos entre a estrutura de uma área residencial de uma cidade outrora pacata com os objetivos dessa população de jovens, que buscam na noite motivos de diversão.



A amistosidade do povo Paiçanduense foi confundida com permissividade e, em que pesem as tentativas de disciplinar a utilização do espaço impetradas pelo efetivo militar municipal, são flagrantes os desrespeitos às leis, às autoridades e às regras de boa convivência, sendo comuns nos principais aglomerados noturnos a ocupação completa de ruas, avenidas e calçadas, o uso de som alto nos carros, a utilização de entorpecentes ilícitos, a embriaguez ao volante, as brigas seguidas de morte, a prática de sexo em frente às residências e toda forma de lixo e excrescência deixados pelos forasteiros aos moradores no dia seguinte às festas.



Desta forma, manifestamos, por intermédio desta moção, o nosso repúdio a esses acontecimentos, solicitando a intervenção do poder público para disciplinar e fiscalizar a utilização deste espaço, fazendo uso de todas as prerrogativas legais como multas, bafômetros, apreensões de veículos e prisões, de forma a garantir o respeito à ordem pública.



Paiçandu é a cidade do futuro e foi contemplada com investimentos para a área do turismo que terão condições de elevar o município a um patamar superior de visibilidade. Resta-nos explorar com sabedoria as riquezas que temos e que construímos a cada dia. O vandalismo e o descaso com o espaço público podem prejudicar o município tanto quanto o toque de recolher indiscriminado das casas noturnas. Por isso acreditamos que seja preciso estabelecer regras claras para os estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas, de forma a chamá-los à sua responsabilidade socioambiental. E o primeiro passo seria não vender bebidas alcoólicas que não fossem para serem consumidas no próprio interior dos bares após às 23:00h. A intenção é causar o menor impacto possível na economia local ao tempo em que a sociedade avalia a eficácia e o cumprimento da medida.



Pronto! Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Afinal, muitos de nós queremos continuar frequentando os barezinhos noturnos, mas em ambientes saudáveis, pois o que Paiçandu busca é a harmonia e o respeito entre jovens e pioneiros, moradores e visitantes.



Abaixo, subscrevemo-nos:



Rosinéia Diana Balbino - Membro de conselho de segurança

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