Paiçandu é o mais "excluído" da Região Metropolitana de Maringá


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Diante dos números de famílias beneficiadas de 2005 até dezembro de 2009, com transferências de renda pelo Programa Bolsa Família (PBF) do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Sarandi se destacou no contigente atendido, saltando 101% de 2008 para 2009, conforme tabela acima, além de uma Variação Relativa mais expressiva das cidades analisadas, 66,59%.
Estas transferências são mensais, assim como as variações no número de famílias, mas os dados apresentados no Ipeadata referem-se somente às famílias beneficiadas no mês de dezembro de cada ano de referência de 2005 a 2009.
Então, como explicar esta melhora súbita no atendimento aos “excluídos socialmente” de Sarandi? Será que os recursos do Indice de Gestão Descentralizada – IGD - estão melhores utilizados ou Instâncias de Controle Social – ICS' – estão cumprindo sua função de controle social?
Entretanto, ainda hoje, 2010, detemos mais de 10 mil famílias inscritas no Cadastro Único, atingindo quase 40 mil cidadãos em situação de vulnerabilidade social em Sarandi.
Maringá, com uma população próximo a 4 vezes de Sarandi, confirme sua titularidade de “Polo Regional” e de “Dallas” brasileira, em virtude de seu “baixo” índice de cidadãos atendidos pelo Programa Bolsa Família (5.635), bem com a redução crescente do número de beneficiados e a sua possível inclusão social.
Paiçandu, algo de estranho ocorre por lá. A cidade naquela época detinha em 2009 de 35000 habitantes, apresentando menos de 2% de sua população acolhida pelo BF, mesmo sabendo dos elevados índices de vulnerabilidade social da cidade, porém apresentando, conforme tabela acima, uma “redução” dos beneficiados em –71,46%.
Noutro lado, Sarandi, com seus mais de 80 mil habitantes, apresenta 3% desta população recebendo o BF, sendo o segundo maior contigente das cidades analisadas e o maior em termos de proporção com o número de moradores. Será preciso uma profunda revisão das ações contigenciais da políticas sociais de Sarandi e Paiçandu em virtude das enormes “dividas sociais” herdadas e enraizadas nestes locais.
Portanto, as miopia das políticas públicas e sociais nestas cidades analisas merecem um abordagem mais específica em virtudes das suas territorializadas serem diferenciadas, compartilhando do mesmo estigma de “segregadas”, porém sem ações integradas por consórcios intermunicipais para a equalização deste “deficit social” histórico.
É esperar para ver!
Por
Dr. Allan Marcio - Do Portal do Controle Social de Sarandi

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